No ano 710, uma mulher chamada Valborg nasceu em algum lugar do Norte da Europa, talvez na actual Grã-Bretanha. Mudou para a Alemanha, onde fundou o Convento Católico Heidenheim, em Wurtemburg, morrendo no dia 25 de Fevereiro de 779 e no dia 01 de Maio desse mesmo ano foi considerada santa e esse dia passou a ser considerado Walborg Day.
Por outro lado, quando chegava o final do Inverno, os vikings reuniam-se ao redor de fogueiras para dançar, cantar e espantar os maus espíritos, celebrando a grande alegria da chegada da Primavera.
Com os vikings espalhando-se pela Europa, as duas crenças fundiram-se e a festa pagã de celebração da chegada da primavera, passou a ser feita sempre na noite do dia 30 de Abril para 01 de Maio e essa noite passou a se chamar “Valborgsmässoafton”.
Agora, esse dia tem um fundo religioso? na verdade, é mais uma desculpa para fazer a social, ir para as ruas, festejar o sol que chegou, depois de um inverno, quase sempre extremamente rigoroso. Na Suécia, o dia 30 não é feriado, nem tem nenhuma relação com a igreja, mas é muito comemorado.
Num pequeno palco, perto da fogueira, vemos vários grupos de dança e música, tendo como ponto alto a entrada de um senhor carregando um mastro decorado com flores e folhas, e acompanhado de mulheres tocando uma espécie de violino.
Ele desce do palco e caminha pelo parque, acompanhado de todos que assistiam ao show. Depois disso, começam os jogos e competições medievais, um deles parece mais com o nosso famoso “quebra-panela”, sendo que o jogador está montado num cavalo e tem que, com os olhos vendados e uma vara quebrar um barril que está pendurado por uma corda.
Depois dos jogos, todos se dirigem para o pátio onde está a fogueira que fica ao pé de uma colina que dá para uma paisagem estonteante de Estocolmo. Nas fotos abaixo vocês podem ver a sequência para acender a fogueira. Infelizmente, como os suecos são malucos por segurança, não se pode mais dançar ao redor da fogueira, como nos velhos tempos. Mas ainda é um espectáculo belíssimo.
Em Uppsala jovens bebem o dia todo, constroem barcos artesanais enfeitados para descer um riozinho que passa no centro da cidade, esborrachando-se nas pedras.